Arte, reeducação postural, filosofia e defesa pessoal. Tudo em uma só modalidade Kung Fu!
É indicado a todas as pessoas que desejam entrar em forma. O praticante desenvolverá um corpo forte apto a resistir e superar as dificuldades do dia a dia.
Deixe o Kung Fu Fazer parte de você!
CREF 8ª Região 560/RR
COREN-RR nº 001058490
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SURGIMENTO DO KUNG FU
O Kung Fu é originário da China e nasceu da necessidade de sobrevivência dos antepassados na luta contra animais ferozes e contra inimigos.
Conta a lenda que certa vez, um monge chinês -Ta Mo - subiu numa montanha e se pôs a contemplar o movimento dos animais, as posições que tomavam para a luta e a maneira como se defendiam dos ataques. Observando tais movimentos, desenvolveu um trabalho de adaptação desses animais para o homem, estruturando-os de acordo com as possibilidades físicas do homem. Assim nasceu o Kung Fu, como chamam os ocidentais esta luta chinesa.
Esta arte marcial milenar vem orientando as pessoas, bem como ajudando os jovens a se direcionarem em disciplina, respeito com os colegas.
De um modo geral, estrutura o corpo físico, em combinação com a mente, extravasando as ansiedades, angústias e stresses acumulados no dia a dia, fortalecendo-os. Pode ser praticado por adultos e crianças de ambos os sexos.
Combina-se ginástica completa de todo o corpo, bem como movimentos, denominados Katis, onde compila-se, em sequências baseadas em movimentos de animais, mãos e pernas.
Decorrentes das observações dos ataques dos animais, de onde originou-se o Kung-fu, surgiram os vários estilos praticados no mundo, consequentes das mutações e adaptações para o ocidente.
Hoje a realidade brasileira mostra uma arte marcial chinesa (Kung fu), voltada para o bem estar físico e mental do praticante. Não há para o seguidor, na medida em que passa a conhecer o fundamento da doutrina, aspirações de ser um "lutador profissional", seu treinamento é voltado para o relaxamento da mente e o desenvolvimento corpóreo, atribuindo-lhe saúde e bem estar.
Pratique Kung Fu!
Benefícios do Kung Fu
Controle Físico: desenvolvimento da coordenação motora, força, resistência flexibilidade, velocidade, ritmo, auxiliando no crescimento e ainda controle do aumento e diminuição do peso.
Controle Emocional e Mental: proporciona maior segurança, tranquilidade e controle das ações, desenvolvimento do raciocínio, os reflexos, maior atenção e concentração mental.
Defesa Pessoal: muito rico em técnicas de defesas diversas, incluindo variadas técnicas de ataque que por sua vez só deverá ser usada, em último recurso.
SIGNIFICADOS KUNG FU / WUSHU/ KUOSHU
Existem muitas dúvidas sobre o termo correto para se falar de Artes Marciais Chinesas.
A escrita Kung Fu se refere à romanização segundo o sistema Wade-Giles, criado em 1852. Este foi o principal método de transliteração da língua chinesa nos países de língua inglesa, durante maior parte do século XX, porém, atualmente, já foi superado pelo pīnyīn. A grafia certa com base no pīnyīn (mandarim), sistema de romanização dos ideogramas chineses, utilizada na China desde 1958, seria gōng fu.
A palavra Gong fu tem vários significados como: habilidade, trabalho árduo, esforço.
- O primeiro ideograma significa “trabalho manual”.
- O segundo ideograma significa “força”.
Juntos traduzem que um “trabalho manual exige força”.
- O terceiro ideograma significa “experiência, ser, indivíduo, pois é formado pelo ideograma de pessoa junto com dois traços horizontais que representam uma presilha, como se tivesse prendendo o cabelo.
Juntos têm “Um trabalho manual + força + pessoa experiente” = Gong fu = habilidade, trabalho árduo, esforço.
Wushu é um termo que literalmente significa arte da guerra.
- O primeiro ideograma significa “a dificultar, parar”.
- O segundo ideograma significa “Ferramenta de Guerra”.
Juntos traduzem como uma “Guerra ou Marcial”.
- O terceiro ideograma significa “arte”.
Juntos formam a palavra “Arte da Guerra = Wushu = Arte Marcial.
Fonte:Tonlon Academia de Artes Marciais
Kuoshu é um termo que literalmente significa arte nacional.
O termo "Kuoshu" (em Wade-Gilles, Pinyin seria "Guoshu") foi criado no final da década de 1920 para rotular as Artes Marciais Chinesas, como um símbolo de orgulho da população Chinesa.
O termo em si vem da abreviação "Chung Kuo Wu Shu" (ou "Zhong Guo Wu Shu" em Pinyin) que se traduz como "Técnicas Marciais da China". Então o "Kuo" se refere a "Nação" e o "Shu" se refere a "Técnica”.
Juntos formam a palavra “Arte da Nação = Kuoshu = Arte Nacional.
As armas
Em lutas chinesas, existem vários tipos de armas. Dentre as mais comuns destacam-se: o facão, a espada, a lança e o bastão.
O facão e a espada são denominadas armas curtas de fácil manuseio e, conseqüentemente, de fácil transporte. Porém, numa emergência, não são fáceis de encontrar na rua.
A lança e o bastão são denominadas armas longas, difíceis de transportar, nas a facilidade com que as mesmas são encontradas na rua é maior (cabo de vassoura, bambú, pedaço de ferro, cano, etc..., onde se pode adaptar as técnicas de luta).
Devido a isto, a lança e o bastão são mais comuns e conhecidos. Há até um ditado chinês que diz: "O Bastão é um professor, os Facões são como os pais", com isso vemos a importância dessas armas na China (porque pais e professores são as pessoas mais importantes para os chineses).
A saudação do Kung Fu
A saudação tradicional do Kung Fu é chamada de Kin Lai e deve ser efetuada com as duas mãos. A mão direita deve ficar com o punho fechado e representa o sol e a força, ao passo que a mão esquerda fica com a palma da mão aberta e representa a lua e a inteligência. Na saudação, a mão esquerda deve pressionar sempre a mão direita para que a junção do “sol” com a “lua” (mão esquerda e direita) forme o Ming, que é uma das características mais importantes na prática do Kung Fu: a clareza de espírito.
A saudação do Kung Fu tem dois significados associados:
· É uma forma de demonstrar respeito, admiração e equilíbrio para com o adversário;
· Indica que um indivíduo que utilize a inteligência (palma aberta da mão esquerda) consegue travar e ser mais eficiente que um punho (mão direita fechada).
A saudação simboliza o ditado "usar a inteligência (mão esquerda em palma) é mais eficiente do que usar o punho (mão direita fechada)".
Existem 2 tipos principais de saudação
Saudação Tradicional
Significado: Me aproximo com Intenções pacificas.
Títulos e Etiquetas no Kung Fu
O uso de saudações adequadas e "família" em títulos de Kung Fu são importantes, pois eles são uma forma de demonstrar respeito. O respeito é um princípio fundamental e não pode ser subestimado.
Ao entrar e sair da escola, o Sifu é sempre saudado primeiro. Após o Sifu, outros mestres que estão presentes, professores e colegas, são recebidos por ordem de antiguidade.
Aqui estão algumas regras básicas tradicionais:
Sua saudação é uma forma fundamental para demonstrar valor e respeito ao que está sendo ensinado. Use a saudação como forma de gratidão bem como o respeito. Muito pode ser dito sobre a pessoa e sua saudação ou a falta dela.
Títulos
Os títulos são independentemente da idade, eles são determinados pela ordem em que os membros se juntaram à escola/ ou academia.
Masculino | Feminino | |
Estudante Júnior (“Irmão mais novo / irmã”) | Sidai | Simui |
Estudante sênior (“irmão mais velho / irmã”) | Sihing | Sijei |
Aluno de outra escola, que é um irmão mais novo para o seu Sifu (“masculino primo / feminino”) | Sisuk | Sigu Mui |
Aluno de outra escola, que é um irmão mais velho para o seu Sifu (“masculino primo / feminino”) | Sibuk | |
1° Aluno abaixo do Grão mestre do estilo * | Dai Sihing | |
2° Aluno o Grandmaster do estilo * | Yi Sihing | |
3° Aluno abaixo do Grão mestre do estilo * | Sarm Sihing | |
4° Aluno abaixo do Grão mestre do estilo * | Sai Sihing | |
Mestre (“Pai' / 'Mãe”) | Sifu | Simo |
Grand Master ('avô' / 'avó') | Si Gung | Sipo |
Fundador do Estilo | Sijo |
* Apenas um Sihing Dai, é o estudante designado sênior em cada escola. Este título honorário não é escolhido com base em nível, mas selecionado pessoalmente pelo Sifu por suas qualidades gerais e de fidelidade. O Sihing Dai cuida do melhor interesse do Sifu em todos os tempos e tem autoridade para decidir sobre questões relacionadas com a escola, de acordo com os desejos de seu / sua Sifu .
Tchen Moou I
O uniforme de Kung Fu
Existem, no mundo todo, inúmeras modalidades de luta, cada uma com características próprias. Logicamente, os aparelhos utilizados para treinamento, bem como os trajes adotados para a prática de lutas, devem atender as suas peculiaridades específicas. Daí decorre o fato de cada modalidade adotar um uniforme próprio para treinamento.
O Kung Fu vem, há milênios, integrando o patrimônio cultural da China. Através dos tempos, sofreu mudanças decorrentes das modificações culturais havidas. Entretanto, ao longo da história, o que se conservou praticamente imutável foi a roupa adotada para a prática do Kung Fu. Realmente, as alterações sofridas pelo traje do Kung Fu foram mínimas, como mínimas são as diferenças determinadas pela diversidade de estilos. O padrão é único, só o que varia são os detalhes.
O Tchen Moou I preto (ou branco) na China é utilizado nos dias de muito frio. Normalmente, nas academias, os alunos vestem-se como nós aqui no Brasil: camiseta, calça, faixa e sapatilha. A faixa, inclusive, é utilizada com o fim único de "segurar” a calça, e não para definir graduações, como nas artes marciais japonesas e coreanas.
O uso do Tchen Moou I é uma questão de tradição, e todo aquele que ministra aulas (professor ou instrutor) deverá estar uniformizado com o Tchen Moou I, por uma questão de disciplina, organização e bom exemplo aos demais.
Na Associação de Kung Fu Tradicional de Roraima – AKFTradRR o uso do uniforme é obrigatório para os praticantes do Kung Fu. O uniforme é composto de calça preta de Kung Fu, camiseta branca com o símbolo da associação e do curso, sapatilha preta, meia branca e faixa.
A finalidade do uso do uniforme é a ordem, o asseio, o conforto, a liberdade de movimento e a padronização do mesmo.
Assim como nas demais artes marciais, o Kung Fu também possui o seu juramento, que deve ser conhecido e respeitado por todos os praticantes desta modalidade esportiva.
São nove itens:
1o - Eu me comprometo a treinar o corpo e o espírito para a paz;
2o - Eu me comprometo a reverenciar nossos ancestrais e a respeitar mestres, professores e colegas;
3o - Eu me comprometo a não ser falso e a seguir o caminho da verdade;
4o - Eu me comprometo a persistir no aperfeiçoamento físico, mental e espiritual;
5o - Eu me comprometo a ser paciente e humilde, galgando um a um os degraus do conhecimento;
6o - Eu me comprometo a contribuir para que esse meio não ofereça abrigo aos maus intencionados;
7o - Eu me comprometo a respeitar as demais filosofias e artes marciais;
8o - Eu me comprometo a zelar pelo respeito devido ao Kung Fu;
9o - Eu me comprometo a ser o exemplo vivo da filosofia e da ética dos mestres.
9o - Eu me comprometo a ser o exemplo vivo da filosofia e da ética dos mestres.
Wu De - O Código de Ética do Kung Fu
Cada família tradicional de Kung fu tem as sua regras e preceitos. Porém, tão milenar quanto a arte marcial chinesa em si, temos o Wu De, que abrange muito mais do que as famílias e as escolas, mas, a arte do Kung fu na sua totalidade.
Como se tornar um bom praticante de Kung Fu?
Cada família tradicional de Kung fu tem as sua regras e preceitos. Porém, tão milenar quanto a arte marcial chinesa em si, temos o Wu De, que abrange muito mais do que as famílias e as escolas, mas, a arte do Kung fu na sua totalidade.
O Wu De é dividido basicamente em cinco princípios, sendo eles:
1o) 信用 Hsin Yong – CONFIANÇA:
Estabeleça o vínculo de confiança de seu Mestre para com você, e de você para com o seu Mestre. Mantenha e solidifique esse vínculo confiando no seu aprendizado e no seu tempo. O Mestre saberá o momento propício para o seu avanço e aprofundamento na arte. Não peça conhecimentos ao seu Mestre, e sim, prepare-se para recebê-lo.
2o) 謙遜 Chiang Hsun – HUMILDADE:
Quando permitimos que o orgulho, a arrogância e o ego se infiltrem no nosso raciocínio, começamos a agir e tomar decisões tendo eles como referência. Estes sentimentos são venenos poderosos para matar a arte em você. Portanto, mantenha a sua xícara vazia e não se preocupe com o seu título ou posição. E lembre-se: humildade não é subserviência, e é algo que se deixa de ser quando se afirma ter.
3o) 尊敬 Zun Ching – RESPEITO:
O respeito se inicia por ocasião de sua manifestação para consigo e para com os outros, o que leva, por fim, à sua conquista. Respeito à hierarquia é essencial, pois aquele que ocupa uma posição elevada certamente o fez por merecer. Agindo de tal modo, haverá o entendimento de sua posição e da posição dos outros, e onde houver entendimento haverá respeito, e a existência de ambos não permite a manifestação do caos.
4o) 荣 譽 Jong Yu – HONRA:
A arte marcial chinesa do Kung Fu tem fortes laços com a honra. Por isso, honre a arte, honre a família e os antepassados. Sempre mostre lealdade e determinação, mantendo a pureza e a essência vivas. Foi graças aos patriarcas do passado, que possuíam estas qualidades, que a arte do Kung Fu chegou até os nossos dias. E é somente com a presença destas qualidades que a arte se perpetuará para as gerações futuras.
5o) 道徳 Tao De – VIRTUDE:
Este princípio é subdividido em outros quatro, sendo eles:
Serenidade – É a moderação para mantermos a racionalidade e a sensibilidade diante de todas as faces da vida. A prática da arte não tem como finalidade nos consumir dentro de uma sala de treinamentos, mas sim, a de enriquecer o nosso interior estimulando o autoconhecimento e o equilíbrio para aplicarmos em todos os setores da vida.
Coragem – Está na capacidade de agir quando confrontado pelo medo que atua em nós tanto no aspecto físico quanto mental. Sua manifestação física ocorre ao estarmos assustados com algo, um lugar, um ambiente, uma pessoa ou uma situação, enquanto que, mentalmente, ele se refere, principalmente, ao medo do fracasso. O Kung Fu pode e deve proporcionar a segurança e a coragem necessárias para que nos mova através da vida, enfrentando o medo com a determinação necessária para não se deixar paralisar.
Prudência – A prudência está na abordagem com atenção e concentração sobre todas as situações que a vida nos coloca. O exercício da prudência estimula a sensibilidade, a sabedoria e o discernimento, levando a um controle sobre a ansiedade e a impulsividade.
Justiça – Para que ela seja plena, é necessário que tenhamos compreendido cada princípio e cada virtude do Wu De. Justiça e sabedoria têm que caminhar juntas.
“O Wu De não pertence a nenhum estilo de Kung Fu. Todos os estilos estão nele.”
Pesquisa: http://shenshechuen.wordpress.com/costumes-e-tradicoes/ (com algumas pequenas alterações)
Como se tornar um bom praticante de Kung Fu?
A prática do Kung Fu envolve mais do que treino e esforço. Um bom praticante deve, em primeiro lugar, aprender mais do seu próprio eu. Pra fazer, basta entender. Entender é refletir e refletir é praticar. A auto reflexão se torna presente em todos os momentos e a auto disciplina reflete tudo o que aprendeu com seu mestre.
Como educar sem ser educado? Sua posição perante outros demonstra o que você é, cumprir deveres e atender às obrigações é essencial. Deveres para com outros, obrigações que cabem a você mesmo. Para melhorar as técnicas, é importante saber observar.
Seja o que for, seu pensamento é moldado segundo sua filosofia. Abstrai-se os pré julgamentos e a mente é aberta. Aberta ao novo, aos novos ensinamentos pois, na prática, ele está sempre se aprimorando. Ouvir e se questionar, refletir e praticar, entender e compreender são apenas alguns passos para se alcançar a perfeição.
Sua mente e saúde estão em primeiro lugar, seu espaço e corpo físico lhe permitem o bem estar de todos os dias. Concentração e foco são a base de sua pirâmide pessoal. Uma prática milenar praticada por homens e mulheres, jovens e idosos, chineses e japoneses, por todas as tribos.
(Fonte: http://fightingkungfu.blogspot.com.br/2010/06/como-se-tornar-um-bom-praticante-de.html).
Filosofia a Ser Seguida Pelos Praticantes de Kung Fu
CHI - Firme de caráter - desenvolver responsabilidade, sinceridade, honestidade e serenidade para viver em paz, conhecer a si próprio, estabelecendo objetivos e prioridades.
HEI - Desprendido de valores - Ser fiel e amigo, estando sempre disposto a ajudar os companheiros na amizade.
JUNG - Corajoso e heroico - Auxiliar os fracos e combater os abusos, com absoluta isenção de discriminação, ajudar sempre aos necessitados e oprimidos, através da justiça, em harmonia com a força.
WAI - Ativo em todos os empreendimentos - Usar da inteligência, raciocínio e disciplina para manter uma postura ativa, oportuna e responsável. Não se moldar aos aspectos das mentes de outras pessoas e estar sempre disposto ao aprimoramento do raciocínio, sendo sempre assíduo e pontual, não usar meios ilícitos e abusar da ganância para obter a riqueza e valores morais, visto que o essencial da vida é ter saúde, amigos e felicidade.
- Seja ágil;
- Seja objetivo;
- Deve haver ritmo e coordenação;
- A perfeição das técnicas é imprescindível;
- Seja firme sem ser duro;
- Seja flexível sem ser mole;
- Busque sentir a energia fluir por todo seu corpo;
- Controle total deve ser mantido sobre si mesmo;
- Seu corpo inteiro deve trabalhar em harmonia;
- Não gaste energia desnecessariamente;
- Concentre-se;
- Potência, velocidade, técnica, equilíbrio, ritmo e espírito devem fluir e trabalhar em conjunção perfeita.
fonte: institutoshaolimkempodepesquisamarcial.
A moral nas artes marciais chinesas
Há um ditado popular no ciclo das artes marciais da China: "antes de aprender a técnica, aprende-se a etiqueta; antes de praticar as artes marciais, pratica-se a moral". Durante a longa história, além de teorias e técnicas, as artes marciais chinesas formaram também um sistema de moral bem ligado com elas, que é chamado de "a moral das artes marciais". Todas as escolas consideram a educação de moral a primeira missão dos praticantes de artes marciais.
Na moral das artes marciais tradicionais, há conteúdos originados do ambiente da sociedade feudal e limitados por ela, por exemplo: as artes marciais eram ensinadas somente para os filhos, não para as filhas; o relacionamento entre escolas diferentes etc; mas a parte principal da moral das artes marciais é uma boa referencia até hoje, por exemplo:
1. O alvo das artes marciais é para se defender do oponente em vez de machucá-lo
As ações das artes marciais eram desenvolvidas visando os pontos fracos do corpo baseando-se em análises profundas das características fisiológicas do corpo humano. Por isso, é possível machucar ou até matar o oponente na luta. Os verdadeiros mestres das artes marciais são sempre muito cuidadosos na luta: eles não lutam se não for absolutamente necessário, e não usam técnicas perigosas ao ser humano se tiverem outra opção. O alvo das artes marciais não é para machucar o oponente, mas é para se defender das ações agressivas do oponente. É bem como a construção do caractere "marcialidade" na língua chinesa, que consiste em duas partes: "parar" e "o conflito" ou "a arma", que significa "usar a arte marcial para suprimir a violência".
Nas técnicas das artes marciais de Shaolin vale mais a moral do que a força física pura, põe-se ênfase na defesa em vez do atacar, enfatiza-se que as artes marciais servem para fortificar o corpo e se defender, não se pode usá-las para fazer figura ou fazer comparações de bravura.
Na escolha dos alunos e no ensino das artes marciais, os mestres também consideram a moral do aluno a primeira condição. Em todas as escolas, há regras de ensino visando o caráter do aluno.
2. Ser valente na luta para manter a justiça
As artes marciais põem ênfase em se defender, inclusive defender a própria vida, e ajudar outras pessoas a defender a justiça. Isto é um caráter notável dos mestres de artes marciais.
Para os mestres, há "três medos e três sem medos". Os "três medos" indicam que um praticante de artes marciais não pode lutar contra três tipos de oponentes fracos: idosos, mulheres e crianças; e os "três sem medos" indicam que os mestres não podem hesitar na luta contra três tipos de oponentes que se aproveitam do poder para infernizar outras pessoas: os que têm poder, os que têm força, e os que conhecem bem as artes marciais.
3. Respeitar o oponente, ser franco e honesto
Com a influência da cultura e da tradição, as artes marciais chinesas criaram etiquetas sofisticadas. Numa luta, não importa que seja uma luta entre amigos ou um luta verdadeira contra inimigos, os lutadores sempre fazem saudações antes de começar a lutar, para mostrar o respeito de um pelo outro. As saudações feitas antes da luta variam segundo o status social dos lutadores e a situação.
A luta deve ser honesta e justa. Ataques de surpresa e com armas escondidas são sempre menos prezados pelos mestres de artes marciais em toda a história.
4. Autocontrole e aperfeiçoamento
Uma pessoa que conhece bem artes marciais, mas mantém bons modos e modéstia, respeita o oponente e não faz figuras, deve ter bom autocontrole.
Todas as escolas têm suas disciplinas que cobrem muitos aspectos da vida dos praticantes, por exemplo, não se pode beber excessivamente, não exagerar em sexo, não se pode ser briguento, não se pode correr atrás da fama, nem ser arrogante e impulsivo, não se pode mentir, nem praticar fraude, deve-se respeitar os professores e os idosos, não se pode usar as artes marciais para infernizar a vida de outras pessoas etc. Por causa deste tipo de disciplina, fala-se que as artes marciais são um modo de viver e um auto-aperfeiçoamento.
fonte: institutoshaolimkempodepesquisamarcial.
como esportes
Reforçamos mais uma vez, o deliberado na reunião do Conselho Nacional do Esporte do Ministério do Esporte em 11 de outubro de 2011, de que as modalidades das artes marciais, lutas e Capoeira são consideradas atividades desportivas. As atividades possuem Confederações e Federações esportivas, promovem competições, sendo algumas modalidades reconhecidas pelos Comitês Olímpico Brasileiro e Internacional, pelos Jogos Pan Americanos, Olímpicos e Paraolímpicos, entre outros. Essas modalidades são apoiadas, inclusive, com recursos financeiros pelo Ministério do Esporte. Logo, são reconhecidas como modalidades esportivas.
Esta decisão do Conselho Nacional de Esportes é fruto e resultado de prolongados estudos levados a efeito pela Comissão Especial, com o objetivo de desenvolver levantamentos, análises e entrevistas com as entidades de prática esportiva e de construção dos conceitos e coordenação de jogos e demais atividades, que apresentavam condições para elaborar estudos sobre nuances, objetivos, finalidades e interfaces que envolvam a realização das manifestações de dança, capoeira, ioga e artes marciais/lutas, bem como o respectivo enquadramento dessas manifestações como atividades esportivas desenvolvidas e regulamentadas no País.
Leia abaixo alguns trechos destacados do documento:
“O Ministro de Estado do Esporte e Presidente Do Conselho Nacional Do Esporte, após verificação e análise de todos os considerandos (...), visando proporcionar a melhor inserção e aproveitamento das modalidades esportivas elencadas, mesmo ao compreender que além de Esporte, estão todas elas relacionadas à Saúde, à Atividade Física, à Aptidão Física e favorecem a Qualidade de Vida Ativa, estando dessa forma intimamente relacionadas com a prática esportiva, resolve que:
Art. 1º As Artes Marciais/Lutas e a Capoeira reconhecidas em suas dimensões históricas e socioculturais como manifestações artísticas e culturais, quando práticas de atividades físicas que se manifestam através de processos metódicos e regulares de caráter competitivo, institucionalizado, realizado conforme técnicas, habilidades e objetivos que lhes dão forma, significado e identidade, e exercícios físicos objetivando o condicionamento físico e promoção da saúde, são consideradas esportes para fins de enquadramento ao campo das atividades desenvolvidas e regulamentadas no País.
Art. 2º Na dimensão esportiva, Artes Marciais/Lutas e a Capoeira, quando se candidatarem visando à obtenção de apoios financeiros e logísticos, junto ao Ministério do Esporte, ou a outros órgãos públicos, estejam constituídas através de organizações legalizadas enquanto componentes da área do Esporte, tal como se institucionalizam as demais modalidades esportivas, a saber: Ligas, Federações e Confederações Esportivas.”
Para ler a íntegra da minuta aprovada no Conselho Nacional do Esporte, acesse o site do CONFEF e digite o link confef.com/98.
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Fone: (95) 99117-6681
Shifu Geremias Silva
Shifu Geremias Silva
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Kung Fu Uma Arte Animal! |
Super Humano - Monge Shaolin - Hu Qiong Indestrutível Templo de
Shaolin
Hu Qiong é um monge Shaolin que vive em Kuala Lumpur, ele dominou as
técnicas multimilenares da tradição Shaolin, [se trata de monges budistas que
desenvolvem também o poder psíquico para a luta e para a guerra] e assim como a
maioria dos praticantes, alcançou grande resistência. Essa resistência é
possível graças a seu domínio sobre o Chi [também chamado de Ki, Qi, Prana,
Ectoplasma, aura, etc...]. Ele faz demonstrações fantásticas de alta
resistência, e validadas pela ciência.
Bodhidharma
e o Templo Shaolin
Bodhidharma - Pintura do Período Meiji (1880)
Não
existem registros escritos precisos sobre a origem das artes marciais, no
entanto, acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais
de dois mil anos atrás. Há indícios de que nessa época tenha surgido a primeira
forma de luta organizada, chamada de Vajramushti, que seria um
sistema de luta de guerreiros indianos.
A
história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do
século VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista indiano chamado Bodhidharma
- 28º patriarca do Budismo e fundador do Budismo Zen - deixou seu país e partiu
numa longa jornada em busca da iluminação espiritual. Bodhidharma (conhecido no
Japão como Daruma) viajou da Índia para a China, pernoitando nos templos
que encontrava pelo caminho e pregando sua doutrina aos monges ou a quem quer
que fosse.
Depois
de ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino o conduziu ao
Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz a lenda que, ao penetrar
no velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos
monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele iniciou os monges na
prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo em que
transmitia-lhes os fundamentos da filosofia Zen, com o objetivo de reabilitá-los
tanto física quanto espiritualmente.
Os
exercícios ensinados por Bodhidharma eram baseados em métodos de respiração
profunda e yoga, e seus movimentos se assemelhavam a técnicas de combate. A
prática desses exercícios logo tornou-se uma tradição no templo, vindo mais
tarde a atingir um estado de evolução tal que pôde ser considerada como um
verdadeiro e completo sistema de autodefesa: o Shaolin Kung Fu, que no Japão é
conhecido como Shorinji Kenpo.
Esta
arte marcial em ascensão logo mostrava sua eficiência, primeiro com relação à
reestabelecida saúde dos monges, e segundo como método de defesa pessoal
propriamente dito, posto em prática contra bandoleiros que por vez ou outra
saqueavam o templo, de quem os monges em outros tempos eram considerados presas
fáceis.
A
reputação dos monges lutadores logo se espalhou pela China, fazendo com que o
Shaolin Kung Fu se difundisse amplamente pelo país, principalmente durante a
Dinastia Ming (1368-1644), vindo mais tarde a conquistar outros países da Ásia
e a dar origem a outros estilos de artes marciais, como o Karate em Okinawa.
Texto escrito por Edson Sato.
http://www.budokan.com.br/historia/bodhidharma.htm
O Surgimento do Termo
Shaolin e suas Divisões
O termo Shaolin
vem de Shao nome da montanha onde se localiza o templo (Shao Shi) e Linvem de
floresta (Shaolin Shi = Templo da floresta Shao) e é um monastério budista
localizado ao norte da China, na província de Henan. São famosos principalmente
pela sua associação com o budismo Ch´an.
Os monastérios são
divididos entre cinco principais templos, porém nem todos iniciaram na mesma
época. As divisões são:
. Honan: Considerado
o mais famoso entre os mosteiros, por ter sido palco de reuniões do conselho
dos “boxers” até mesmo cenário para filmes e seriados.
Localizado em Loyang,
uma pequena cidade de montanha ao sul de Beijing, foi restaurado pelo governo
Chinês na metade do ano de 70 (o templo foi destruído na rebelião do Boxer em
1901), e subseqüentemente se tomou uma centro internacional de artes marciais
para o mundo.
. Fukien: Provavelmente
construído no mesmo período que o Honan, serviu como quartel general na época
em que o Templo de Honan estava em processo de destruição. Foi queimado durante
a rebelião do Boxer e suas ruínas descobertas no início dos anos de 1980.
. Kwangtung: Escola do
Sul. Ensinou muitos grandes guerreiros. Templo do estilo da Serpente. Foi construído
nos fins dos anos de 1700 como um Templo Shaolin numa montanha que possuía
privilegiada visão do oceano perto de Shangai. Este Templo Cantonês era perto
(15O milhas sul) do Templo de Fukien, e foi origem de muitos estilos do Sul,
incluindo Choy Li Fut e Serpente (estilos surgidos em um lugar e modificados em
outros). Bombardeado durante a guerra civil após a rebelião dos Boxers.
Wutang: Templo do estilo do
Tigre. Perto da cidade de Wutang. Construído numa área politicamente instável
(perto da Manchúria e da Península da Coréia). Provavelmente era envolvido com
assuntos temporais e conseqüentemente invadido por um exército ou outro. Monges
mercenários, incluindo Bok Lei, Hung Si Kuan, e Bok Mei vieram de Wutang,
eventualmente se mudando para Honan (e assim envolvendo Shaolin na sua maior
incursão política). Templo muito antigo, integrado a ordem Shaolin perto dos
anos de 850 D.C.
Meishan: Biblioteca e
Templo da medicina localizado no Norte. Este Templo era localizado em uma área
inacessível da província Szechuan e importou monges assim como instituições de
pesquisa o fazem hoje. O Templo em si era muito antigo, provavelmente Taoísta
em sua origem. Foi integrada a ordem Shaolin perto de 1500 D.C. permanecia em
contato constante com o Tibete. Templo do estilo da Garça. Foi a maior escola
de medicina por 04 séculos, as bibliotecas lotadas de livros vindos de Leste a
Oeste. Os prédios foram utilizados como alvo de artilharia por parte dos dois
exércitos Shang Kai Shek e Mao Tze Tung, porém restaurados no início dos anos
de 1970. Hoje, o Templo serve a outro propósito; Quartel General do Serviço de
Conservação da Floresta de Bambu de Szechuan e Centro de Pesquisas e
Conservação do Urso Panda.
Primeira Ruína do
Templo Shaolin
Em 1644 A.D.,
os Manchus vieram ao poder (Dinastia Ch’ing 1644-1911 AD.). Muitos dos oficiais
provenientes da dinastia anterior (Dinastia M’ing) encontraram refúgio no
Templo Shaolin e os Manchus destruíram o Templo. Somente cinco mestres
escaparam, aqueles que foram para o Norte e ensinaram os Mongóis, acostumados
ao frio intenso, enquanto, aqueles que foram para o Sul ensinaram aqueles que
estavam acostumados a um clima mais quente.
Nas regiões
frias do Norte da China o solo era duro, permitia mais estabilidade quando se
utilizavam de chutes. Por isso, os estilos do Norte enfatizavam chutes,
movimentos acrobáticos, e técnicas de luta de solo (imobilizações). Por outro
lado, nas regiões mais quentes do sul, o solo era mais macio, muitas vezes
úmido, fazendo dos chutes uma tarefa mais complicada. Como resultado disso, as
técnicas do Sul enfatizava posturas mais baixas e técnicas mais aprimoradas com
as mãos.
Segunda Ruína do Templo
Shaolin
A segunda ruína
foi dada por volta do início da revolução dos “boxers” onde então se estipula a
data de 1901 D.C., que no mais pela perseguição constante do governo diante da
rebelião, onde então lutadores de diversas escolas de Kung fu decidiram se
rebelar a fim de suprimir intervenção externa e à submissão da dinastia Manchu
à dominação européia na China. Dados isto o governo decide de forma radical
exterminar qualquer forma de prática marcial, onde então tanto escolas,
associações e templos foram destruídos.
Foi o início da
Guerra dos boxers, que se espalhou das zonas costeiras para as cidades que
margeiam o rio Yang-Tsé. A luta terminou com a derrota dos chineses e a
imposição pelas potências estrangeiras da política da "Porta Aberta",
pela qual a China era obrigada a fazer novas concessões econômicas. Estes
fatores então levaram a segunda grande destruição dos mosteiros, onde então os
“boxers” reuniam-se secretamente.
Terceira Ruína do
Templo Shaolin
A
terceira, porém ultima destruição, sucedeu-se no período da ocupação
Sino-japonesa dos japoneses na região da Machuria, onde então teria precedido a
Segunda Grande Guerra Mundial, que então o Japão fazendo parte do Eixo conjunto
com Alemanha e Itália, se viu na necessidade de invadir e ocupar países
próximos ao seu território, devido à escassez de recursos e território. Com
o orgulho ferido a reação chinesa foi feita a surdina, onde então, já submissos
e com suas principais forças já tomadas, a China se vê obrigada a ceder às
forças japonesas, devido à alguns conflitos e por medidas de precauções os
comandantes militares japoneses decidem destruir mais uma vez os templos, isso
por volta de 1928 D.C., que então por já terem conhecimento das antigas
sociedades dos boxers que secretamente se reuniam nos mosteiros, resultando
então na ultima destruição dos mosteiros na China.
Diversas lendas
e fatos levam a acreditar que o Kung Fu teve origem militar e que teria sido
aperfeiçoado com a chegada de Bhoddidharma, que teria então aprimorado os
conceitos de combate junto da Yoga, criando então um sistema conhecido hoje
como Shaolin Quan (punho Shaolin), que se tornou essencial para o
desenvolvimento de novas vertentes e técnicas. Pode-se notar também que houve
três grandes destruições dos mosteiros na China, que então aconteceram em
períodos isolados. Obviamente os monges shaolins são detentores de grandes
doutrinas e temidos no mundo marcial pela extrema força e dedicação aos
treinos, que então levam suas habilidades à serem considerados como lendários
lutadores.
http://ourinhoskungfu.webnode.com.br/products/desturi%C3%A7%C3%B5es%20do%20templo%20shaolin/
A Graduação no Templo
Shaolin
Forma-se pelo Templo Shaolin era ainda
mais difícil do que em outras escolas. Lá os alunos eram submetidos a três
testes e ficava como prisioneiro sem poder sair da escola até que passasse nos
testes. Primeiro havia um exame oral muito difícil sobre a história da arte,
teoria e ideologia chinesa. Depois o candidato devia passar favoravelmente por
uma competição real com diversos colegas. Finalmente havia uma prova envolvendo
um saguão cheio de truques e 108 bonecos mecanizados.
Quando o aluno começava a
atravessar o corredor, os bonecos armados de facas, lanças e clavas atacavam-no
atabalhoadamente. Havia sob o chão do corredor um engenhoso mecanismo que com o
peso dos alunos colocava os bonecos em funcionamento. Os monges que
idealizaram esses truques demoníacos o fizeram de tal maneira que consistiam
uma surpresa totalmente inesperada para os alunos. Porém era possível subjugar
dois, três, quatro ou mais bonecos de cada vez. Se o aluno conseguisse
atravessar o corredor, ele encontrava mais um obstáculo pela frente – um
cântaro ardente de quente que pesava uns duzentos e vinte quilos – bloqueando
sua saída. Naturalmente havia uma maneira previamente estabelecida para mover o
cântaro. O aluno devia abraçá-lo de modo que os dois símbolos esculpidos em
cada lado, o Dragão e o Tigre, ficassem marcados pelo calor da carne em ambos
os braços. Uma vez terminado o teste, ele era então liberado e seus antebraços
marcados fariam com que o respeitassem por onde quer que ele fosse.
Muitos
alunos falharam nestes rígidos testes e não se graduavam. Hu Wei-Ch’uan foi um
desses. Ele entrou para o Templo de Shaolin depois de ser severamente castigado
pelos seus inimigos e ficou quinze anos tentando se graduar na arte. Finalmente
conseguiu passar pelos primeiros dois testes, mas seus esforços para atravessar
o corredor não iam além dos primeiros trinta e dois bonecos. Na sua última
tentativa, saíra de lá carregado, teve que ser atendido por médicos e então foi
levado de volta aos seus aposentos. Determinado a retornar a sua família, ele
conseguiu fugir do mosteiro pelo cano de esgoto. A despeito de sua inabilidade
para passar pelo último teste, ele estava mais do que capacitado a vingar-se
daqueles que outrora o ofenderam. Porém, mais importante, de acordo com a
lenda, sua fuga ajudou na perpetuação das técnicas Shaolin, que foram em parte
esquecidas depois que os Manchus destruíram o Mosteiro. Sua técnica, chamada
Hua-ch’uan, que significa mãos floridas, é um método um tanto estonteante de se
ver, pois é composto de muitos movimentos complexos e graciosos de mãos.
http://kung-fuunai.blogspot.com.br/p/o-templo-de-shaolin.html
Treinamento dos Katis e a importância do Toi Tcha em Kung Fu
O
treinamento e Katis ou formas são utilizados no Kung Fu como
instrumentos do treinamento de mãos e armas contendo técnicas
de ataque, defesa, deslocamentos, bases de perna, desenvolvimento
bilateral, agilidade,rapidez,flexibilidade e força,correção
postural, etc... os movimentos são realizados de forma
contínua como uma coreografia, e o nível de dificuldade
das técnicas vão crescendo na medida que o aluno
progride em seu treinamento no Kung Fu. O fator mais importante é
o aluno executar as rotinas diariamente, pois além da parte
física, com o treinamento dos katis, o praticante aumentará
seus níveis de persistência, paciência,
concentração e auto-superação.
Em
qualquer modalidade de luta, quer oriental, quer ocidental, há
que se partir do mais simples para o mais complexo. Em Kung Fu começa
do básico. Posteriormente, aprende-se movimentos e seqüências
de maior grau de dificuldade de execução, até se
chegar ao treinamento de Katis e de armas. Entretanto, qualquer
posição, por mais simples, tem aplicação
e utilização prática, não sendo ensinada
apenas por razões de ordem estética. Todos os
movimentos aprendidos podem ser usados para defesa pessoal,
passando-se, porém, pela luta combinada para se chegar a luta
real.
Existem,
dentro do Kung Fu, estilos internos e externos. Os estilos internos
utilizam, principalmente, os treinamentos "tii sau" e "toi
sau" para sentir a força do adversário, "intuir"
seu ataque e, desta forma, preparar e efetuar o contra-ataque. Os
estilos externos realizam esse treinamento através do Toi
Tcha.
Traduzido
literalmente, Toi Tcha significa "frente a frente"(onde os
movimentos dos Katis são desmembrados e aplicados ). É
um aspecto muito importante do treinamento de luta, pois ensina ao
praticante a real utilização dos Katis que diariamente
executa, e das armas em cujo manejo vem se exercitando. Isso faz com
que ele sinta e desenvolva a rapidez, a precisão e a força
exigidas por uma luta real. Aguça-lhe, ainda, o sentido de
luta, e o ajuda a assimilar as seqüências de ataque e
defesa, como se estas, integrassem seus reflexos instintivos, de
forma que passará a executá-las natural e
espontaneamente. Por isso, o Toi Tcha proporciona aos praticantes
eficiências e técnica que lhe facultarão
enfrentar serenamente uma luta real. Isso porque não lhes será
necessário parar para pensar e planejar ataques e defesas, nem
executar movimentos desordenados, sem técnica, lógica
ou eficácia. As seqüências que aprenderam e cuja
aplicação treinou através do Toi Tcha lhes
ocorrerão automaticamente, na medida em que sua utilização
se fizer oportuna.
Como
se verificou, por tudo o que foi dito, o Toi Tcha é o primeiro
passo para que o praticante de Kung Fu se inicie nas técnicas
de luta. É preciso, porém, treinar com seriedade para
não chegar a ferir a si próprio ou ao adversário.
Aliás, a seriedade e a disciplina são elementos básicos
e indispensáveis a quem se dedica à prática das
artes marciais. Todo aquele que deixar de encarar o treinamento sob
esse prisma correrá o risco de obter resultados bem diversos
dos pretendidos.
As batidas de mãos nos Katis e
Chutes
Sempre que assistimos a um treino ou a uma
demonstração de Kung Fu, podemos observar a execução de movimentos que encerram
batidas de mãos.
As pessoas, normalmente, não atinam com a
razão dessas batidas de mãos e mesmo muitos praticantes de Kung Fu não
compreendem sua finalidade nem sabem como utilizá-las.
Há quem pense que tais movimentos são
adotados por motivos de ordem estética. Outros acreditam que os mesmos se
destinam a impressionar a assistência, em razão do barulho que produzem. Mas
sua utilização se prende a motivos muito mais sóbrios.
Na China, todos os estilos que dão maior
ênfase ao uso das pernas e pés consideram da maior importância a prática das
batidas de mãos, cuja presença em cada Kati é quase obrigatória. Isso porque
tais movimentos auxiliam o lutador a adquirir prática de defesa, reflexos e
equilíbrio, a tirar a atenção do adversário, a endurecer mãos e pés, bem como a
aumentar a rapidez, a agilidade e o sentido. Essa é a razão da importância que
lhes é atribuída.
Os praticantes, no início, sempre encontram
alguma dificuldade em executar com rapidez e correção tais movimentos.
Entretanto, com o tempo, acabam por sentir e aprender sua essência e sua
utilização.
O
grito de incentivo no Kung Fu
Jiayou
é a forma de incentivar os praticantes de artes marciais. Nos
países ocidentais é "vamos", "você
consegue", "força", "coragem". Essa
expressão é utilizada no momento em que o praticante
não aguenta mais se quer fazer mais uma repetição
de um exercício. É exatamente ai que essa expressão
Jiayou entra em ação.
De
forma simplificada, Jiayou significa força. Imagine que
você se encontra em um momento difícil durante uma
competição ou durante um treino, um momento em que a
única coisa de que precisaria é que alguém que
te empurrasse ou que estivesse junto de você. Imagine que você
está fazendo a última série do seu exercício
e de repente você escuta alguém gritar: JIAYOU! É
o incentivo dela para que você coloque tudo que lhe resta no
exercício e assim você possa ultrapassar seus limites
físicos e psicológicos. É assim que os campeões
batem os recordes. É assim que você poderá se
desenvolver mais e mais.
Isso
é como um incentivo para continuar seguindo em frente. É
o seu momento de despertar para continuar a sua série com mais
energia e assim então chegar até o final.
FONTE:
baseado num artigo do site www.wuxia.com.br
Como o kung fu se tornou o símbolo de uma nova era para monjas do Nepal
Associação
de Kung Fu Tradicional de Roraima - AKFTradRR,
Av. Ataide Teive, 1885,
Liberdade
Boa Vista-Roraima
eh... eu fazia era bom...mas sla desisti fácil
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